Polo Cultural → Educação
Foi muito naturalmente que o Polo Cultural passou a acrescentar a educação de crianças e jovens aos eventos culturais e à articulação de artistas, que caracterizaram o início de suas atividades. Desde a fundação em 1998, o Polo Cultural reuniu artistas envolvidos com a educação de crianças e adolescentes. Havia os que trabalhavam em escolas, como o Colégio Salesianos e a Escola Miudinho, em escolas de música e de dança e os que se dedicavam, por exemplo, a corais juvenis. Movido por esses participantes, o Polo organizou ainda em 1998 uma mostra de corais infantis e um ciclo de apresentações em bibliotecas.
A experiência com educação trouxe à direção do Polo profundas convicções sobre a importância da arte na formação da juventude. A reunião dos jovens promove a integração entre os adolescentes não só no espaço artístico, mas também nas práticas de solidariedade e cidadania, na percepção do outro, na compreensão das relações entre as partes e o todo. Essa prática contribui para diminuir o vazio de opções e dar uma referência cultural musical além dos veículos de comunicação de massa.
O objetivo específico tem sido contribuir para o desenvolvimento da cidadania e para a formação de agentes multiplicadores, que a partir das vivências nas oficinas estarão aptos a mudar o paradigma de suas próprias vidas e das comunidades que habitam em situação de pobreza e risco. Trata-se, portanto, de iniciativas sócio-culturais que fazem uso da educação nas artes para formar e transformar a vida de seus participantes.
O envolvimento mais profundo com a educação deu-se, em 2006, a partir de um convite da Prefeitura para ministrar oficinas no projeto “São Paulo é uma Escola”. Além das atividades no atualmente denominado “Projeto do Contraturno Escolar”, o Polo Cultural se empenhou na aprovação da Lei 11.769/08 que estabelece a obrigatoriedade do ensino de música nas escolas, investiu no projeto Uh-Batuk-Erê e recebeu da Secretaria de Estado da Cultura o reconhecimento de suas atividades culturais na educação na forma do Ponto de Cultura “Novo Trem das Onze”, um prêmio de incentivo para desenvolvimento de ações culturais à margem do circuito comercial das artes.
