Polo Cultural → História

A fundação do Polo Cultural Educação e Arte, em novembro de 1998, foi um ato de questionamento da política cultural vigente no País, realizado por artistas da cidade de São Paulo. A entidade nasceu a partir da publicação de um manifesto de artistas e suas entidades reivindicando a descentralização dos recursos, dos equipamentos arquitetônicos e das atividades culturais. A força e oportunidade do Manifesto da Cantareira trouxeram ao evento Francisco Weffort, então Ministro da Cultura, Marcos Mendonça, Secretário de Estado da Cultura de São Paulo, e Celso Alencar, representante da Secretaria Municipal de Cultura. Eneida Soller, idealizadora do movimento, presidiu a mesa, que também contou com a presença de Glorinha Baumgart, do Center Norte, de Benedito Venezianni, presidente do Clube Esperia e Eloy de Oliveira, superintendente da Distrital Santana da Associação Comercial. O lançamento foi encerrado com uma apresentação de Pena Branca e Xavantinho e do Coral do Colégio Salesianos, local em que o evento foi realizado.
Em sua primeira fase, o Polo Cultural recebeu apoio das secretarias de cultura do Estado e do Município, com o envolvimento de profissionais e a cessão de espaços para eventos, além de contar com o Ministério da Cultura em projetos aprovados pelo Fundo Nacional de Cultura.
As principais realizações culturais nesta primeira fase foram apresentações de grupos como o Balé da Cidade de São Paulo, a Jazz Sinfônica, a Orquestra de Cordas do Rio de Janeiro e o Balé Chum Chorong, da Coreia. Além desses grandes eventos, foram promovidas exposições e mostras de artes plásticas, dança, teatro, música e um programa semanal na TV Aberta São Paulo.
Foi muito naturalmente que o Polo Cultural passou a acrescentar a educação de crianças e jovens aos eventos culturais e à articulação de artistas que caracterizaram o início de suas atividades. Desde sua fundação em 1998, o Polo Cultural encontrou artistas que trabalhavam com educação de crianças e adolescentes. Havia os que trabalhavam em escolas, como o Colégio Salesianos e a Escola Miudinho, os que trabalhavam em escolas de música e dança e os que se envolviam, por exemplo, com corais juvenis.
A comemoração do primeiro aniversário do Polo foi realizada na Praça das Artes em dezembro de 1999 e contou com a presença do Ministro da Cultura que retornou à Zona Norte de São Paulo para comprovar o quanto a proposta que nasceu no Colégio Salesiano se tornara uma realidade. O evento contou também com a participação do então Prefeito do Município de São Paulo e com o Secretário Municipal de Cultura além de centenas de artistas.
Outro evento especialmente significativo foi realizado em 11 de janeiro de 2001 nas dependências da Pinacoteca do Estado. A convite do Polo Cultural reuniram-se nessa data o Ministro da Cultura, o Secretário de Estado da Cultura e o Secretário Municipal de Cultura com o objetivo discutir políticas públicas para descentralizar equipamentos e atividades culturais na cidade de São Paulo, contribuindo para a implementação de políticas que foram colocados em prática nos anos seguintes na cidade de São Paulo.

A partir de 2004, o Polo Cultural passou a dar ênfase ao processo de formação de crianças e jovens, dirigindo esforços para convênios pelos quais já foram atendidas mais de 10 mil crianças e jovens nas áreas de música, dança, teatro e artes plásticas, totalizando 60 mil horas/aluno em 26 escolas da rede municipal de ensino.